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Projeto pode obrigar hospitais a notificarem casos de envenenamento à polícia em MT

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Durante sessão ordinária realizada na última quarta-feira (9), o deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) o Projeto de Lei nº 495/2025, que determina a obrigatoriedade de comunicação imediata à autoridade policial por parte dos profissionais de saúde nos casos de suspeita de envenenamento atendidos em hospitais públicos e privados do estado.

Segundo o texto da proposta, a notificação deve ocorrer por meio escrito ou eletrônico, contendo, sempre que possível, informações como a identificação do paciente, data e horário do atendimento, sintomas apresentados, substância suspeita e outros dados relevantes para a investigação.

O projeto surge em meio ao aumento expressivo de casos no estado. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) indicam que os registros de intoxicação por substâncias químicas em Mato Grosso saltaram de 312 casos em 2022, para 447 em 2024, um aumento de 43%. Em muitos desses episódios, há indícios de tentativa de homicídio, automutilação ou violência doméstica.

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“O envenenamento raramente é um acidente. Na grande maioria das vezes, envolve dolo, má intenção, crime. E cada minuto conta para salvar uma vida ou prender um culpado”, argumentou Barranco. “Não é possível que o sistema de saúde siga isolado da segurança pública diante de situações tão graves.”

O parlamentar destaca ainda que a medida visa proteger não só as vítimas, mas também evitar a reincidência. “Sem a notificação imediata, perde-se o tempo de flagrante, provas desaparecem, e a justiça se torna mais difícil. Essa lei é um passo urgente para salvar vidas e garantir que agressores não escapem impunes”, afirmou.

O projeto prevê sanções administrativas tanto para os profissionais de saúde quanto para as unidades hospitalares que descumprirem a norma, conforme legislação vigente.

Para Barranco, a proposta reforça a integração entre saúde e segurança pública, um elo fundamental diante da crescente complexidade dos crimes relacionados à intoxicação. “Essa comunicação entre hospital e polícia precisa ser uma ponte direta. Estamos falando de vidas humanas em risco, e o Estado precisa estar presente, atuando com rapidez e firmeza”.

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Fonte: ALMT – MT

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Política MT

Lúdio destaca importância de manter Santa Casa aberta mesmo com inauguração do Hospital Central

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O deputado estadual e médico Lúdio Cabral (PT) destacou a necessidade de manter a Santa Casa de Cuiabá aberta mesmo com a inauguração do Hospital Central de Mato Grosso. O governo estadual já anunciou que fechará a Santa Casa quando o novo hospital entrar em funcionamento. Porém, Lúdio explicou que a Santa Casa oferece diversos serviços que não serão oferecidos pelo Hospital Central, e centenas de crianças podem ficar sem o tratamento oferecido atualmente. Ele avalia ainda que há necessidade de ampliar e não apenas remanejar os serviços de saúde disponíveis na rede pública.

“Eu já venho alertando há alguns anos que não pode fechar a Santa Casa quando inaugurar o Hospital Central. Porque ele vai substituir uma parte dos serviços que a Santa Casa faz, então deixa de ampliar o atendimento, e tem serviços que a Santa Casa realiza hoje e que o Hospital Central não fará. Quem é que fará hemodiálise em criança? A Santa Casa é o único hospital de Mato Grosso que faz hemodiálise em criança. Quem é que vai cuidar da oncologia pediátrica que o Hospital Estadual Santa Casa faz? Lá tem 10 leitos de UTI pediátrica e 10 de UTI neonatal, além de 30 leitos de UTI adulto. Lá tem todo um conjunto de leitos de enfermaria em pediatria para oncologia, nefrologia e outras especialidades, e um Pronto Atendimento de portas abertas”, listou.

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Lúdio lembrou que em 2019 lutou contra o fechamento do hospital filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e, depois do fechamento, lutou para que a unidade fosse reaberta. Depois de muita mobilização, o Estado decretou intervenção e reabriu a Santa Casa como um hospital estadual.

“O Estado não pode simplesmente fechar a Santa Casa. Em 2019, nós lutamos pela Santa Casa. Agora, vamos prosseguir a luta para não deixar fechar a Santa Casa. Hoje é um hospital estadual que tem que continuar funcionando independentemente da abertura do Hospital Central. Qualquer unidade hospitalar nova deveria ampliar os serviços existentes e não reduzir”, afirmou Lúdio.

Fonte: ALMT – MT

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