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Lúdio defende gestão direta do Hospital Central com consultoria do Albert Einstein

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O deputado estadual e médico Lúdio Cabral (PT) defendeu que o novo Hospital Central de Mato Grosso tenha gestão direta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com servidores públicos concursados, e que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein siga prestando consultorias para qualificar os serviços na unidade de saúde. A fala foi feita durante audiência de convocação do secretário da SES, Gilberto Figueiredo (União), nesta segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), para tratar do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 10/2025.

O texto foi enviado na semana passada e a previsão é que seja votado na quarta-feira (16). Lúdio pontuou que o PLC, em seu artigo 5º, pode permitir que outra Organização Social de Saúde (OSS) assuma a gestão do hospital no lugar do Albert Einstein, ao autorizar a modificação do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) contratado.

“O funcionamento do Hospital Central é importantíssimo para o Estado de Mato Grosso, nós estamos brigando há anos e queremos ele em funcionamento o mais rápido possível, inclusive com a expertise do Albert Einstein, que já está trabalhando com a secretaria em duas consultorias de mais de R$ 5 milhões para desenhar todo o modelo de funcionamento do hospital. Isso pode continuar, mas a defesa que nós fazemos é que a gestão do hospital seja da Secretaria de Estado de Saúde com os servidores de carreira, que serão qualificados pelo Albert Einstein e darão continuidade ao longo dos anos ao funcionamento do hospital”, argumentou Lúdio.

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O parlamentar detalhou diversas ilegalidades no PLC, de autoria do Poder Executivo, que criam pontos de insegurança jurídica. A situação poderia motivar ações judiciais no futuro, em especial do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal (MPF), pois cerca de um terço do custeio do Hospital Central será de recursos federais, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O projeto de lei cita um hospital de São Paulo, por exemplo, em que o contrato não é com o Albert Einstein, é com outra OSS e o Albert Einstein é apenas associado a essa outra OSS. A nossa preocupação é essa: é só a grife do Albert Einstein ou é de fato toda a expertise que ele tem? A gente precisa ter isso muito bem definido”, alertou Lúdio, citando o caso da OSS Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM), responsável pela administração do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’ Boi Mirim da Prefeitura de São Paulo (SP).

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Lúdio destacou que o projeto de lei retira a necessidade de chamamento público, como previsto pelas leis estadual e federal das OSS, e lembrou que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein ainda não está enquadrada como OSS em Mato Grosso.

“Esse modelo de contratação de Organizações Sociais em Saúde já foi utilizado em Mato Grosso de 2011 a 2018 e só trouxe resultados negativos: custo elevadíssimo, precarização do vínculo dos profissionais de saúde, baixa qualidade nos resultados e sucateamento de todas as unidades hospitalares”, lembrou o deputado.

O parlamentar apontou brechas no artigo 4º, que prevê que o Estado repasse os recursos para a OSS equipar o hospital. “Quando acabar o contrato, os equipamentos vão permanecer no Hospital Central? É preciso ficar claro que isso é patrimônio público do Estado de Mato Grosso”, observou Lúdio.

Fonte: ALMT – MT

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Lúdio destaca importância de manter Santa Casa aberta mesmo com inauguração do Hospital Central

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O deputado estadual e médico Lúdio Cabral (PT) destacou a necessidade de manter a Santa Casa de Cuiabá aberta mesmo com a inauguração do Hospital Central de Mato Grosso. O governo estadual já anunciou que fechará a Santa Casa quando o novo hospital entrar em funcionamento. Porém, Lúdio explicou que a Santa Casa oferece diversos serviços que não serão oferecidos pelo Hospital Central, e centenas de crianças podem ficar sem o tratamento oferecido atualmente. Ele avalia ainda que há necessidade de ampliar e não apenas remanejar os serviços de saúde disponíveis na rede pública.

“Eu já venho alertando há alguns anos que não pode fechar a Santa Casa quando inaugurar o Hospital Central. Porque ele vai substituir uma parte dos serviços que a Santa Casa faz, então deixa de ampliar o atendimento, e tem serviços que a Santa Casa realiza hoje e que o Hospital Central não fará. Quem é que fará hemodiálise em criança? A Santa Casa é o único hospital de Mato Grosso que faz hemodiálise em criança. Quem é que vai cuidar da oncologia pediátrica que o Hospital Estadual Santa Casa faz? Lá tem 10 leitos de UTI pediátrica e 10 de UTI neonatal, além de 30 leitos de UTI adulto. Lá tem todo um conjunto de leitos de enfermaria em pediatria para oncologia, nefrologia e outras especialidades, e um Pronto Atendimento de portas abertas”, listou.

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Lúdio lembrou que em 2019 lutou contra o fechamento do hospital filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e, depois do fechamento, lutou para que a unidade fosse reaberta. Depois de muita mobilização, o Estado decretou intervenção e reabriu a Santa Casa como um hospital estadual.

“O Estado não pode simplesmente fechar a Santa Casa. Em 2019, nós lutamos pela Santa Casa. Agora, vamos prosseguir a luta para não deixar fechar a Santa Casa. Hoje é um hospital estadual que tem que continuar funcionando independentemente da abertura do Hospital Central. Qualquer unidade hospitalar nova deveria ampliar os serviços existentes e não reduzir”, afirmou Lúdio.

Fonte: ALMT – MT

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