O deputado estadual Thiago Silva (MDB) apresentou o Projeto de Lei nº 1974/2024, que estabelece a obrigatoriedade das concessionárias de rodovias em Mato Grosso oferecerem acesso à internet ao longo das estradas estaduais sob sua responsabilidade.
Para o parlamentar, a medida é essencial em um estado com dimensões continentais como Mato Grosso que possui mais de 900 mil quilômetros quadrados. “Em muitas regiões, não há sinal de internet, o que prejudica o deslocamento e compromete o atendimento a motoristas que possam enfrentar problemas mecânicos ou acidentes no percurso”, explicou Thiago Silva.
O deputado destacou que a conectividade nas rodovias é fundamental não apenas para o conforto dos usuários, mas principalmente para a segurança. “A internet é uma ferramenta indispensável para comunicação, acesso à informação e segurança. Em situações de emergência, como acidentes ou panes mecânicas, a possibilidade de contatar rapidamente serviços de resgate e apoio pode salvar vidas”, afirmou.
Caso o projeto seja aprovado, as concessionárias serão obrigadas a garantir sinal de internet em todas as rodovias sob sua concessão, respeitando os padrões mínimos de qualidade definidos na legislação. Além disso, deverão informar de forma clara os usuários sobre a disponibilidade e as características do sinal oferecido em cada trecho, por meio de placas informativas ou outros meios de comunicação.
Leandro Lopes, caminhoneiro que percorre frequentemente as rodovias do estado, considera a proposta essencial. “Muitos de nós transportamos a produção do estado e precisamos de sinal. Se virar lei, será de grande ajuda”, comentou.
O Projeto de Lei 1974/2024 foi apresentado em 11 de dezembro de 2024, passou pela Comissão de Infraestrutura Urbana e de Transporte e já está apto para ser votado em Plenário.
O Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CGPDP), em parceria com a Secretaria de Controle Interno da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), promoveu na tarde desta terça-feira (20) a palestra “A Importância da Privacidade na Administração Pública”. O evento, realizado no Plenário das Deliberações Deputado Renê Barbour, contou com a participação da advogada e especialista em direito digital, Patrícia Peck, e teve como objetivo reforçar as ações de implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Parlamento. A atividade contou com a participação do primeiro-secretário da ALMT, deputado Dr. João (MDB) e um expressivo número de servidores.
O secretário de Controle Interno, Newton Evangelista, explicou que a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados no Parlamento é uma exigência federal e tem como objetivo proteger os dados pessoais de servidores e cidadãos que interagem com a Assembleia Legislativa. Segundo ele, inicialmente foi criado um comitê gestor, com representantes de diversos setores da Casa, para conduzir o processo. Em seguida, esse comitê elaborou uma resolução preliminar e promoveu, no ano passado, um curso de capacitação sobre a LGPD.
E agora, iniciou-se uma nova fase, com o mapeamento de dados sensíveis em cada setor da Assembleia, buscando evitar vazamentos dessas informações e reforçar a responsabilidade dos servidores sobre o tratamento desses dados. Newton ainda ressaltou que a LGPD é fiscalizada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão responsável por garantir o cumprimento da lei, que pode aplicar sanções em caso de irregularidades.
De acordo com o secretário, “a proteção abrange desde dados de servidores e seus familiares até informações fornecidas por cidadãos ao acessar serviços da Assembleia, como cadastros e audiências públicas. A meta é garantir que esses dados não sejam usados de forma indevida, especialmente para fins comerciais”, esclareceu Newton.
A palestrante destacou que o setor público, por concentrar grande volume de dados sensíveis, precisa reforçar sua segurança contra vazamentos e ataques cibernéticos. Patrícia Peck defendeu a criação de uma cultura de proteção de dados entre os servidores, com atenção a boas práticas no uso, acesso e descarte de informações.
Ela ainda ressaltou que a LGPD prevê sanções severas, tanto financeiras quanto administrativas, inclusive para o setor público. As penalidades variam de advertências à obrigação de tornar pública a infração. Disse que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados já vem aplicando sanções a entidades públicas que não cumprem a lei, sendo a ausência de um encarregado de dados um dos principais indícios de irregularidade.
Quanto aos direitos dos cidadãos, Patrícia explicou que, ao se sentirem lesados, devem primeiro recorrer à própria instituição responsável pelos dados. “Caso não haja resposta adequada, é possível acionar a ANPD, que possui um canal de ouvidoria, ou ainda o Ministério Público e o PROCON, conforme o tipo de relação envolvida”, orientou a palestrante.
O deputado Dr. João considerou o evento como uma iniciativa valiosa para a proteção dos dados dos servidores públicos e dos cidadãos. Ele elogiou a palestrante convidada, especialista no tema, e ressaltou que a legislação trará benefícios para todos que trabalham na Casa. Mencionou ainda que possui uma lei semelhante voltada à proteção do consumidor, citando o exemplo do uso indevido de CPFs (cadastros de pessoas físicas) em farmácias. Dr. João enfatizou a importância da privacidade e afirmou que a Assembleia já cuida dos dados com responsabilidade, e que eventos como a palestra contribuem para aprimorar ainda mais essas práticas.
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